Um gol que acabou indicado pela FIFA como um dos mais bonitos do futebol mundial naquela temporada.
Esta é a lembrança mais viva
que o atacante tem dos confrontos entre Inter e Corinthians, um jogo do qual
participou defendendo os dois lados e que terá mais um capítulo na tarde deste
domingo, no Beira-Rio.
Em conversa com ZH, o atacante relembra o golaço marcado
há três anos, além de revelar sua satisfação com a vida no Catar, nova morada
desde a contratação pelo Al Rayyan, e lembrar os detalhes da negociação
frustrada com o Inter no meio do ano.
Qual é a sua memória mais
marcante dos confrontos entre Inter e Corinthians?
Nilmar — Olha, sem dúvida
nenhuma, foi o gol que fiz no Pacaembu pelo Brasileirão de 2009. A respeito do
gol, eu vejo ele sempre que posso pela internet. Por ter feito contra o
Corinthians, tem um valor ainda maior, por toda a história do Corinthians no
futebol.
Como foi a adaptação à vida
no Catar?
Nilmar — A vida está sendo
boa. É diferente, não estava acostumado com a maneira que o futebol é aqui. Eu
até me surpreendi. Sabia que a vida era boa, mas nem tanto. Toda a minha
família está aqui, eles estão adorando. Estou sempre em casa, não tem
concentração, são poucos jogos. Na Espanha já era tranquilo e aqui é mais
ainda. Com o Brasil, nem se compara.
Como é o tratamento às
mulheres? Há uma rigidez maior?
Nilmar — O maior problema que
eu imaginava era em relação a isso, mas na verdade só se evita usar roupas mais
curtas. Para mim está sendo bom, todo homem gostaria (risos). É diferente do
Brasil e temos que respeitar a cultura deles. Nossa vida é normal, não tem uma
rigidez muito grande.
O que você lembra da sua
negociação com o Inter no meio do ano? Qual foi o detalhe que fez com que a
transação não fechasse?
Nilmar — A proposta do Catar
eu sempre tive. Eu tinha a sondagem há dois meses, mas não tinha a intenção de
vir para cá. Enquanto isso, tinham outras propostas feitas ao Villarreal. Teve
a do Dínamo de Kiev, que o Villarreal gostou, mas eu não aceitei e quis esperar
outra coisa. Neste momento, tive uma reunião com o Orlando (Da Hora, empresário
de Nilmar) e com o Luciano Davi. Houve um mal entendido na questão do imposto,
dos valores do contrato. Ficaria uma diferença muito grande do que eu ganho
aqui. Nunca ia querer ganhar a mesma coisa no Brasil, sei que é outra
realidade, mas não podia abrir mão tanto assim. Eu já tenho 28 anos, se eu
tivesse 20, pensaria diferente. Não podia recusar essa oportunidade do contrato
aqui. O Inter fez uma oferta boa, mas não suficiente.
Você ficou frustrado por não
ter retornado ao Inter?
Nilmar — Eu comecei a pensar
no Catar a partir do momento que vi que a situação com o Inter estava difícil.
Ficou um clima chato, a situação foi para a imprensa, ficou complicado. A
proposta do Qatar era muito boa, eu já estava balançando pelo valor financeiro.
É o melhor contrato da minha carreira. É difícil recusar, ainda mais no futebol
de hoje. Mas é óbvio que eu tenho vontade de voltar, de sentir o que é ser um
verdadeiro jogador profissional, jogar com torcida no estádio. Na verdade, não
teve uma frustração. Estou feliz por ter tomado a decisão correta.
O Inter ainda é um clube que
você considera como especial?
Nilmar — Sem dúvida. O dia
que eu voltar para o Brasil, é o primeiro clube que eu vou considerar. Depois,
vou ver se fecho com outro time. Minha família toda é colorada e eu me criei no
clube.
Pela falta de competitividade
do futebol do Qatar, você teme a perda de ritmo se permanecer por muito tempo?
Nilmar — Antes de vir para
cá, a proposta era de três anos de contrato. Eu exigi um ano a mais. Era aquela
situação de ir para um país sem muito destaque, eu ia acabar sumindo. Então,
queria aproveitar o contrato. Não sei se eu vou cumprir o contrato ou não. Mas
eu estou feliz. Claro que, se houver a oportunidade de sair, com uma proposta
boa, sairei. Mas não estou pensando nisso agora.
A Seleção Brasileira ainda
está em seus planos?
Nilmar — Quando eu aceitei
vir para cá, eu praticamente descartei. Já estava longe e ficou ainda mais
distante. Eu sou realista e sei que é muito difícil ser convocado. Eu sei o que
é a Seleção Brasileira. Sigo treinando forte e tenho esperança, mas sei que é
difícil. No futuro, pode ser que o futebol daqui cresça mais e os jogadores
apareçam.
Veja o link da entrevista. Clique aqui.
Fã Clube Nilmar N9
Anynha Honorato.
volta guereiro precisamos de vc aki no colorado
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